06/07/2013

Redução do Brasileirão




   Quando um garimpeiro encontra a almejada pedra preciosa, é imensa a satisfação. Tanta espera valoriza ainda mais o achado. Algo raro elimina a monotonia do cotidiano. Um bom e curto evento torna-se esperado ansiosamente pela sua reedição.
   Desde 2003, o Campeonato Brasileiro de Futebol tem duração de maio a dezembro. Tornou-se gigantesco, cansativo e enfadonho. Sempre aos domingos tem jogos. O ano inteiro, praticamente, vemos partidas do mesmo certame. A fórmula de disputa e as cotas de televisão favorecem vencedores, unicamente, dos estados: São Paulo e Rio de Janeiro.
  Na década de 1990, todavia, os estaduais encerravam-se em junho. Ficávamos os trinta e um dias de julho aguardando a vinda do Brasileirão, em agosto. Nessa transição, havia compensação:  alguns clubes realizavam excursões no país ou no exterior e retornavam às suas sedes com os bolsos cheios de receitas. Outros faziam uma pré-temporada para recuperar atletas lesionados e preparar fisicamente o grupo de jogadores. 
   Os estaduais não podem ser extintos. Jamais! Sendo um cidadão interiorano. Certamente, pretendo ver o time da minha cidade vencendo um grande da capital. É tradição histórica. Entendemos que o nacional deve ser reduzido.Trará menos gastos para a CBF e para os clubes. Mais confrontos decisivos, crescimento na média de público. Valorização semelhante a de uma rara pedra preciosa. 



Deixem os Europeus com seus Pontos Corridos!


Colunista: Pedro Silveira
Twitter: @PedroSilveira7
Facebook: https://www.facebook.com/comentarios.declasse

Nenhum comentário:

Postar um comentário