25/03/2014

Outra ultrajante atitude da Conmebol!

Bom dia a todos, lamentavelmente, a Conmebol mais uma vez pisou feio na bola (haja eufemismo pra lidar com a tal entidade) ao "punir" o Real Garcilasso com uma módica multa de doze mil dólares, consequência do ultrajante exercício do racismo por parte de seus torcedores contra o atleta brasileiro Tinga que atua pelo Cruzeiro.

Antes da multa, a entidade já havia sinalizado com a inócua punição, pois um de seus dirigentes discorreu não entender ter havido racismo na atitude (vaias exclusivamente direcionadas ao atleta), mas sim, meramente um ato de falta de educação.

Particularmente, não consigo conceber o porquê de atitudes racistas contra negros, brancos, homossexuais, etc... Qual é a vantagem de se humilhar outro ser humano, tão somente pela diferença de cor, credo ou opção sexual? Este assunto tem sido debatido no mundo inteiro há anos, com prevalência daqueles que repudiam o preconceito, de forma que é lamentável que tal conduta persista vigendo, e não somente no Brasil ou na América Latina, mas ao redor do mundo.

Acredito que a melhor punição para este caso destes seria eliminar o time do torneio no qual sua torcida praticou racismo, pois somente uma punição radical como esta serviria para evitar novos casos. Na Europa, após a morte de 39 italianos durante a final da Liga dos Campeões de 1985 (disputada entre Liverpool x Juventus), a Uefa suspendeu os times ingleses por 5 anos das competições europeias, sendo que hoje as partidas do campeonato inglês são habitualmente disputadas sem a proteção que separa a torcida dos atletas dentro de campo, evidenciando que a punição, apesar de radical, funcionou perfeitamente.Racismo e agressão física estão no mesmo barco, e igualmente devem ser combatidos.

Obviamente que, paralelo a punição à agremiação, os indivíduos racistas identificados devem ser severamente punidos, com penas que não se restrinjam a serviços comunitários ou pagamentos de multas, mas sim com detenção por um bom tempo, a fim de que não mais repitam a repudiosa conduta, além de servir como exemplo para outros possíveis agressores.

Enfim, em pleno século XXI, convivemos com o racismo cotidianamente e, pior, com a ausência de punição rigorosa para quem o pratica. O futebol, como espelho esportivo da sociedade, não passa incólume a esta triste realidade.

Abraços!

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